A maneira como os utilizadores fazem pesquisas na Google está continuamente em mudança. Segundo a gigante de tecnologia, cerca de 15% das pesquisas realizadas são sobre novos termos ou “pesquisas nunca antes vistas”.
Neste sentido, a adaptação às novas tendências do consumidor é crucial, o intuito da Google em cada atualização realizada na sua plataforma de publicidade é facilitar a conexão das pessoas com as marcas através de anúncios relevantes e úteis.
De acordo com a Google, a automatização é a solução para fazer face às novas tendências do consumidor, assim como, a utilização de Anúncios de Pesquisa Adaptáveis (RSAs) em detrimento dos Anúncios de Texto Expandidos (ETAs), uma vez que os RSAs ajudam o anunciante a competir em leilões mais relevantes e, impulsionam mais conversões com “menos” anúncios.
O Fim dos Expanded Text Ads
A Google anunciou que a partir do dia 30 Junho de 2022 já não vai ser possível criar na plataforma Google Ads os Anúncios de Texto Expandidos (Expanded Text Ads) ou, até mesmo, editar os ETAs existentes. O comunicado lançado no passado dia 31 de Agosto 2021 foi redigido por Sylvanus Bent – Gestor de Produto na Google Ads e, revela ainda que, apesar da cessação dos ETAs, estes anúncios vão continuar a ser exibidos (não podem ser editados) e o acesso aos relatórios de desempenho continuará a ser permitido.
Expanded Text Ads
Os Expanded Text Ads foram introduzidos pela Google em 2016. Este formato de anúncio permite que o anunciante visualize o anúncio completo exibido e, deste modo, assuma mais controlo sobre o copy do anúncio. Da mesma forma, pode escolher quais os ativos de texto a colocar nos três headlines (títulos com até 30 caracteres) e descriptions (descrições com até 90 caracteres).
Nos ETAs é possível preencher três headlines: os dois primeiros headlines são obrigatórios e o terceiro headline é opcional, não obstante, o headline extra permite ao utilizador incluir texto adicional aos seus anúncios. Neste formato de anúncios, o utilizador pode utilizar até 30 caracteres por headline: os headlines surgem nas pesquisas search um ao lado do outro, separados por uma barra vertical.
De acordo com o artigo publicado no WordStream, depois do comunicado, começaram a surgir algumas preocupações na comunidade Google Ads. Alguns dos anseios prendem-se com:
-Menos controlo sobre o copy dos anúncios;
-Maior dificuldade na aprovação de anúncios nas indústrias altamente reguladas (como por exemplo, farmacêuticas, instituições financeiras, etc);
-A medição do desempenho dos anúncios ficará sob controlo da Google, uma vez que é a Google que testa e otimiza o desempenho dos anúncios no formato RSA.
Responsive Search Ads em substituição dos Expanded Text Ads
A partir do dia 30 de Junho de 2022, os utilizadores Google Ads só vão poder criar Responsive Search Ads. Segundo a Google, a mudança vai simplificar a criação de anúncios e tornar mais fácil alcançar mais desempenhoatravés dos recursos automatizados disponibilizados. Em suma, o formato inerente aos RSAs permite que o utilizador crie um anúncio mais automatizado: a plataforma Google Ads vai testar ao longo do tempo e de forma automática diferentes combinações e, assim, aprender quais as que têm melhor desempenho.
De acordo com a Google os RSAs combinam a “criatividade” com o poder da “machine learning” e ajudam os anunciantes a mostrar os seus anúncios mais relevantes a mais potenciais clientes. Mais, nos RSAs os textos não precisam de ser combinados como acontece com os ETAs. Ainda segundo o comunicado lançado no dia 31 de Agosto, os anunciantes que converteram os seus anúncios ETAs por RSAs e, utilizaram os mesmos assets, tiveram uma subida de 7% em conversões com um CPC similar.
Recomendações para a passagem de Expanded Text Ad para Responsive Search Ad
Os anunciantes devem concentrar-se em testar e melhorar os RSAs atuais. Mais, devem assegurar que cada adgroup contém um RSA e descobrir quais os textos que assumem melhor performance.
A Google recomenda aos anunciantes que na passagem de ETAs para RSAs:
– Aproveitem o conteúdo com mais performance e assumam foco na força do anúncio “ad strength”;
– Coloquem “pins” em títulos e descrições em posições específicas;
– Avaliem a performance dos seus anúncios com base em impressões, cliques e conversões.
Em suma, a Google pretende com esta mudança mostrar a “mensagem certa” às “pessoas certas” no momento certo do leilão – através da automatização.
Na Labelium Portugal, podemos ajudá-lo na mudança de ETAs para RSAs de forma a alavancar o desempenho das suas campanhas. Juntos, podemos delinear uma estratégia digital que esteja de acordo com as novas exigências e, sobretudo, preencha os seus objetivos empresariais.
