A evolução da pandemia COVD-19 continua a marcar a reta final de 2021 e, provavelmente, continuará a marcar o ano de 2022. Segundo os padrões de pesquisas identificados pelo Google Insights no final deste verão, os consumidores debatem-se entre continuar a ter em conta todos os cuidados para evitar novas infeções ou impulsionar o restabelecimento da vida pré-pandemia, uma vez que, estão cada vez mais cômodos em ambientes fechados/partilhados com outras pessoas.
Segundo os dados recolhidos pelo Numerator houve, de facto, um ligeiro retrocesso interanual do comércio online – embora os valores permaneçam muito superiores aos de 2019. Ainda de acordo com outro estudo realizado pelo Numerator em Agosto de 2021, “Consumer Behavior & Sentiment”, 48% dos entrevistados acreditam que o retorno à normalidade não ocorrerá antes de 2022 (ou até mais tarde).
No ecossistema digital, é fulcral a adaptação às oscilações para continuar a estabelecer conexões de valor com o utilizador que procura nas suas marcas preferidas flexibilidade para comprar onde, como e quando quiser: sem complicações, sem perder tempo e em ambiente híbridos que misturam o online com o físico.
Deste modo, as tendências de marketing digital para o final de 2021 e início do ano de 2022 centram-se na omnicanalidade e em táticas de obtenção de dados primários (first-party data) que garantam aos potenciais e atuais clientes uma experiência ultra-personalizada.
Compras omnicanal, o primeiro desafio do E-retail em 2022
A conveniência é um fator dominante na eleição de canais de compra no mundo pós-pandemia. O cliente quer fluidez na experiência com a marca, independente da relação ser online ou offline. E, acima de tudo, exige certezas.
O relatório realizado por Think With Google revelou que os utilizadores certificam-se primeiro através dos canais online se um determinado produto se encontra disponível na loja física (antes da deslocação). Neste sentido, a Google verificou um aumento nas consultas sobre:
– Horários de funcionamento;
– Disponibilidade de produtos (aumento de 700% do termo “em stock”);
– Disponibilidade em lojas próximas;
– Medidas que favoreçam uma compra segura, por exemplo, pesquisa de termos “recolha pick up”.
Como incrementar uma verdadeira experiência de compras omnicanal?
As tendências E-commerce para o final de 2021 e início de 2022 persistem na implementação de estratégias que concedam uma verdadeira experiência omnicanal e, que, crucialmente, favoreçam a fidelização do cliente. Algumas estratégias a adotar:
– Manter informado o cliente sobre o seguimento do seu pedido (e-mail, SMS ou através de sistemas de rastreio em tempo real).
– Oferecer atenção multicanal: via telefone, correio eletrônico, redes sociais ou chatbots.
– Definir protocolos em caso de rotura de stock (que evitem que os clientes fiquem insatisfeitos por não encontrar determinado produto).
– Manter as informações cruciais atualizadas no Google My Business.
– Disponibilizar várias opções para a recolha da encomenda: entrega ao domicílio, pick up in store, click & collect, etc.
Marketing interativo, uma opção para a recolha de dados primários
A Google definiu o ano de 2023 como data definitiva para eliminar as cookies de terceiros do seu navegador Chrome. A decisão tomada pela Google surgiu devido ao aumento da rigidez das legislações sobre a proteção de dados, e já foi posta em prática pela Apple no lançamento do iOS 14.
Para continuar a realizar campanhas corretamente otimizadas, hiperpersonalizadas e adaptadas à customer journey – a recolha de dados primários (first-party data) é um procedimento a ser considerado. Um método muito eficaz para “alimentar” as bases de dados de first-party data é o marketing interativo. Segundo o relatório “The Embrace of Immersive Content” publicado por Ceros, 90% dos profissionais do setor consideram que as mensagens que recorrem a funcionalidades como a realidade aumentada ou os vídeos 360º proporcionam melhores resultados que as criatividades estáticas.
Os anúncios interativos chamam mais a atenção dos utilizadores (quer seja no Facebook, Instagram, Youtube ou em formato display), desta forma, concedem mais engagement, melhores taxas de CTR (click-through-rate) e, em última instância, um aumento de leads e de dados de qualidade fornecidos pelos utilizadores.
Estas informações, em combinação com as introduzidas pelos data clean rooms ou CDP (Customer Data Platforms) ajudam a construir públicos muito relevantes e orientados para a conversão.
Em suma, as tendências do marketing digital para o final de 2021 e início de 2022 assumem um foco extremamente customer centric. Se necessita de ajuda na delineação de novas estratégias de marketing digital entre em contacto connosco. Juntos, podemos estruturar uma estratégia digital que esteja de acordo com as novas exigências e, sobretudo, preencha os seus objetivos empresariais.