O Metaverso tem todos os ingredientes para ser considerado como o hype mais proeminente das tendências digitais de 2022. Poucos meses após o lançamento do Meta, marca que agora reúne os negócios do Facebook, a especulação sobre as mudanças que este novo paradigma trará está apenas a crescer. Mundos paralelos, experiências virtuais que se sentirão tão reais como a carne e o sangue, uma atividade comercial alternativa baseada em moedas criptográficas… Estes são alguns dos desenvolvimentos mais comentados. Mas, em termos realistas, o que podemos esperar do Metaverso e que possibilidades publicitárias oferece do ponto de vista audiovisual?
O que é o Metaverso?
O Metaverso é definido como um ecossistema virtual onde se pode interagir com outras pessoas que não estejam no mesmo espaço físico. Tudo isto num ambiente imersivo que visa oferecer uma experiência 3D com um nível muito elevado de realismo. Segundo o Facebook, graças ao Metaverso será possível sair com amigos, trabalhar, brincar, aprender, fazer compras e muito mais, mesmo que outros estejam a milhares de quilómetros de distância.
A fase de confinamento generalizado imposta pela COVID-19, modificou os hábitos de consumo audiovisual digital e deu asas ao streaming como meio de ligar utilizadores fechados nas suas casas. Tornou clara a importância dos espaços virtuais como pontos de encontro. Neste sentido, o Metaverso rompe fronteiras físicas e abre a possibilidade de experimentar todo o tipo de situações, sem fatores condicionantes geográficos e com menor impacto no ambiente.
AR, VR, NFT, avatares… conceitos chave do Metaverso
O conjunto de artigos de Matthew Ball The Metaverse Primer ajuda-nos a compreender os conceitos que impulsionam o desenvolvimento do Metaverse. Entre as mais decisivas estão a tecnologia, as plataformas de Realidade Aumentada e Realidade Virtual e a blockchain.
1. Óculos de AR e VR e tecnologia para o Metaverso
A implementação do Metaverso requer a utilização de hardware especializado. Por um lado, por parte dos utilizadores, com óculos de Realidade Aumentada (AR) e Realidade Virtual (VR), tais como Google Glasses ou Microsoft HoloLens, smartphones ou luvas tácteis. Por outro lado, por parte das empresas encarregadas da manutenção de ambientes virtuais, com sensores, sistemas de localização ou câmaras de alta precisão. Um estudo da International Data Corporation (IDC) indica que o mercado de óculos AR e VR crescerá a uma taxa de 45,9% por ano entre 2022 e 2025, de 9,7 milhões de unidades vendidas em 2021 para 32,8 milhões em 2025.
2. Plataformas virtuais para experiências imersivas
The Sandbox ou Decentraland são ambos metaversos contínuos, ambos exemplos de mundos virtuais, nos quais se pode entrar através de um avatar e desfrutar de uma segunda vida para além dos limites físicos. Nestes e noutros ambientes é possível explorar, socializar e mesmo fazer negócios e comprar terrenos.
A verdade é que, já nos dias de hoje, a Realidade Aumentada tornou-se um recurso obrigatório para os consumidores online. Segundo a Google, 43% dos utilizadores de smartphones esperam que as marcas Beauty lhes ofereçam um teste AR dos seus produtos antes da compra, enquanto 47% procuram o mesmo do sector automóvel.
3. Blockchain, criptomoedas e NFT no Metaverso
A tecnologia Blockchain sustenta as atividades comerciais e comerciais no Metaverso. Os intercâmbios são realizados através de criptomoedas que são amplamente utilizadas ou restritas ao espaço virtual em questão (por exemplo, dentro de The Sandbox, o símbolo SAND é utilizado como um sistema de pagamento).
Desta forma, é possível adquirir Non Fungible Token (NFTs), ou seja, objetos e propriedades virtuais. O valor que os utilizadores atribuem a este tipo de item não é insignificante, especialmente se considerarmos que, segundo o Voxburner, 65% da Geração Z nos Estados Unidos atribuíram dinheiro à compra de NFTs no contexto de um jogo em 2021.
Publicidade audiovisual dentro do Metaverso: uma nova jornada do consumidor
Do ponto de vista da publicidade no ecossistema audiovisual online, a chegada do Metaverso implica uma evolução na jornada do consumidor. A partir de agora pode ser desenvolvida, total ou parcialmente, dentro de ambientes virtuais imersivos. Isto multiplica as opções de touchpoints entre a marca e o utilizador, com propostas como por exemplo:
- Publicidade in-gaming, naturalmente integrada na sequência do jogo.
- Abertura de lojas no Metaverse, onde se pode aceder ao catálogo em 3D graças à AR ou confirmar as compras através de smart contracts.
- Anúncios interactivos que oferecem recompensas sob a forma de NFT, como colecionáveis exclusivos ou resgatáveis por experiências dentro do Metaverso.
- Organização de demonstrações e eventos virtuais que vão um passo mais além dos atuais eventos ao vivo no YouTube ou Twitch, que são muito eficazes na expansão do Brand Awareness.
- Recriação de situações do mundo real, contextos, etc. para os aproximar daqueles que, devido a circunstâncias diferentes, não os podem experimentar pessoalmente.
Face a todas estas inovações, a publicidade audiovisual digital enfrentará desafios como a Brand Safety ou a medição dos resultados da campanha no Metaverso. Se também quiser entrar neste excitante mundo com um parceiro de confiança, conte com Labelium Play: Audio, Video, CTV e DOOH, agora também no Metaverse.
